O nascimento da primeira potra em 03/10/2004, marca o início das atividades do Haras MGM, de propriedade de Mário Flávio Canassa. Localizado na cidade de Birigui, noroeste do Estado de São Paulo.

Conta o proprietário que seu interesse por cavalhos ocorreu no ano de 1998, por influência de amigos que o convidaram para participar de uma cavalgada. Não sendo filho de criador e totalmente leigo no assunto, diz divertidamente:

“Cheguei para a cavalgada de boné e tênis no pé, já fui motivo de risos, afinal cavaleiro que se preze não cavalga com tênis. Então, emprestaram-me um cavalo muito manso por sinal, mas pé duro que dava dó. A dor nas costas judiou por dois dias, mas a diversão foi boa, valeu à pena!”

Ao passar a fazer parte das cavalgadas, adquire em 1998, seu primeiro animal, um Mangalarga Paulista, que segundo sua opinião, era um animal de sangue quente e imprevisível, mas que o ensinou a cavalgar. Em 2003, comprou a primeira égua Mangalarga Marchador, a Imperatriz do Comendador F.R.V, que até hoje é de sua propriedade.

Encantado com o temperamento confiável e o andar macio característico do Mangalarga Marchador, Mário Flávio começa a buscar mais informações sobre a raça e decide cobrir a Imperatriz do Comendador com o Secretário do Espinho Preto, que dá origem à Atenas MGM, em outubro de 2004.

A escolha do sufixo MGM é em alusão a Mangalarga Marchador, portanto, uma homenagem à raça.

Intensificou os cruzamentos nos últimos 4 anos, focado na utilização de garanhões da linhagem “JB”, genética do berço da raça, já consagrada e presente na maioria dos criatórios brasileiros.

Aos poucos, o Haras MGM tem formado seu plantel, com matrizes de procedência reconhecida e garanhões de renome nacional, possuindo atualmente, 14 machos e 25 fêmeas com a sua marca, primando por animais de ótima morfologia e extraordinário andamento. Concluindo a fase inicial de formação de seu plantel, o próximo passo do MGM é participar de exposições credenciadas pela ABCCMM, consolidando-se assim, na raça.

A história do Mangalarga começa por volta de 1808, com a chegada ao Brasil, especificamente no Rio de Janeiro de D. João VI e a corte portuguesa, trazendo alguns exemplares de cavalos da raça Álter.

Em Minas Gerais, centro criador do mais alto nível desde o século XVIII, esses animais foram muito bem aproveitados, por fazendeiros da região do Rio das Mortes, Sul de Minas.

Conta a tradição que o prestigiado fazendeiro Gabriel Francisco Junqueira – Barão de Alfenas, recebeu do Imperador um Garanhão da raça Álter, da Coudelaria de Álter do Chão em Portugal. O cruzamento desse cavalo com éguas selecionadas em sua fazenda, “Campo Alegre”, deu início à raça MANGALARGA MARCHADOR.

Esses cruzamentos foram decisivos no aperfeiçoamento dos eqüinos nacionais, particularmente na conformação da raça Mangalarga Marchador, originária desses experimentos de seleção.

A origem do nome Mangalarga:

Existem algumas versões acerca da origem do nome. Acreditam alguns criadores e estudiosos da raça que o andar característico desse animal, de passadas longas e elegantes, teria sido a origem do nome. Todavia, uma outra versão que parece mais fundamentada, refere-se à Fazenda Mangalarga, situada em Pati do Alferes, no Estado do Rio de Janeiro.

Essa fazenda, cujo nome relaciona-se com o topônimo serra da Mangalarga, uma ramificação da serra dos Órgãos, era de propriedade de um abastado fazendeiro, que impressionado com os belos cavalos que por ali passavam montados por seus criadores, com destino ao mercado de abastecimento da Corte, adquiriu dos Junqueira, criadores do sul de Minas, uma selecionada tropa que, trazida para a Fazenda Mangalarga, causaria grande efeito nos passeios elegantes que eram feitos ao Rio de Janeiro. Foi quando muitos criadores interessados, referiam-se apenas aos “cavalos da Fazenda Mangalarga”.

Assim ficaria conhecida essa raça, animais de tipo e andar “Mangalarga”, designando os belos cavalos adquiridos pelo abastado fazendeiro carioca.

O Mangalarga Marchador é a única raça genuinamente brasileira. Cavalo que vem encantando o mundo por sua docilidade, andamento e beleza.

O cavalo sem fronteiras!

Caracteristicas:

O Mangalarga Marchador é uma raça tipicamente brasileira, originária do cruzamento da raça Álter com éguas do Sul de Minas. De porte médio, estrutura forte e bem proporcionada, de andamento marchado, simétrico, com apoio alternado dos bípedes laterais e diagonais, sempre intercalados por momentos de tríplice apoio, confere-lhe uma maior comodidade, resistência, confiabilidade, imponência e sendo muito usado tanto para trabalho como lazer.